No mercado do turismo, poucas situações são tão estimulantes – e ao mesmo tempo desafiadoras – quanto estruturar ofertas voltadas para os meses de férias escolares. Janeiro e julho sempre geram alta procura por pacotes familiares, mas, para garantir lucratividade, não basta apenas anunciar destinos: requer pesquisa, estratégia, empatia, testes e, especialmente, criatividade. Ao longo deste artigo, compartilho reflexões e práticas, especialmente na linha de atuação do GRUPO INOVVATUR, que podem apoiar quem busca entender como estruturar pacotes de férias escolares e maximizar lucro em janeiro e julho.
Despertar o desejo de viajar é só o início – estruturar a experiência define o sucesso.
Por que as férias escolares são um período tão especial?
Ao longo de conversas e acompanhamento de tendências, percebo que as férias de janeiro e julho movimentam não só as famílias, mas também as dinâmicas das agências de turismo. O cenário muda: empresas precisam entender perfis, adaptar produtos, negociar tarifas e oferecer diferenciais para um público exigente, que busca segurança, lazer e, sempre que possível, exclusividade. Esses meses concentram forte movimentação nas vendas e são ideais para aumentar resultados e criar relacionamentos duradouros com clientes.
- Janeiro marca o início do ano, com famílias buscando verão, praias e lazer ativo.
- Julho, por outro lado, é escolha ideal para experiências no inverno brasileiro e viagens internacionais.
Oportunidades que só janeiro e julho oferecem
Identificar as oportunidades desses meses passa por analisar fatores sazonais. Em minha experiência, um levantamento simples já mostra efeitos claros: escolas fecham e, com isso, famílias organizam agendas, buscam roteiros completos, querem segurança, bons valores e, principalmente, entretenimento. Destinos litorâneos e atrações para crianças lideram a preferência, mas nem sempre são o suficiente para quem deseja resultado financeiro acima da média.
Alguns pontos-chave que sempre me vêm à mente:
- Destinos familiares com infraestrutura adequada (hotéis kid-friendly, parques aquáticos, atividades para todas as idades);
- Passeios customizados, como oficinas, clubes infantis e atividades monitoradas;
- Roteiros flexíveis, para acomodar diferentes faixas etárias em uma só família;
- Diferenciais como traslados privativos, refeições adaptadas, atendimento bilíngue e suporte 24h.
Destacar o valor agregado vence a guerra pelo bolso dos clientes.
Como analisar tendências e comportamento do público
Um dos maiores ensinamentos que aplico, e que também faz parte do trabalho do GRUPO INOVVATUR, é partir do perfil do público. Antes de definir preço ou destino, o sucesso no turismo começa pela escuta ativa. Mas, como conseguir isso?
- Consultar dados de viagens anteriores para encontrar padrões de procura.
- Analisar buscas online por roteiros de férias, filtrando por faixa etária e orçamento.
- Perguntar às famílias o que gostariam de encontrar num pacote durante as férias.
Os hábitos de compra mudam com o tempo. De acordo com pesquisas sobre aumento de buscas por pacotes completos houve um aumento expressivo de 650% na procura por roteiros all inclusive em 2023. Isso evidencia a preferência por ofertas sem surpresas e com tudo organizado.
Planejamento detalhado: do roteiro ao pós-venda
Montar pacotes de férias escolares requer planejamento paciente e detalhado. Não é só definir destino, mas desenhar toda a jornada, do pré-venda ao suporte após o retorno. Isso inclui:
- Levantamento dos destinos e atividades permitidos na temporada;
- Negociação com fornecedores – hotéis, traslados, passeios – para garantir tarifas e benefícios;
- Montagem dos roteiros, considerando horários que respeitem os ritmos das crianças;
- Previsão de alimentação e acomodação adaptadas aos diferentes perfis;
- Inclusão de diferenciais para criar experiências exclusivas, como visita a fazendas, aulas de culinária, interação com animais ou esportes;
- Criação de guia de viagem claro, incluindo contatos de emergência e sugestões de atividades extras.
Não raro, vejo agências subestimando a importância do pós-venda. Um contato simples após a viagem, perguntando sobre a experiência, é potente para fidelizar e também coletar feedbacks valiosos para ajustes futuros.
Como escolher destinos e atividades para diferentes perfis?
Cada família tem ritmo e interesses particulares. Roteiros genéricos raramente encantam. Minha sugestão é trabalhar com linhas de ofertas, adaptando o grau de aventura, conforto e interação conforme o público:
- Famílas com crianças pequenas: Opte por destinos com resorts all inclusive, piscinas rasas, brinquedotecas, e opções monitoradas (como parques aquáticos, zoológicos e atividades indoor);
- Famílias com pré-adolescentes: Inclua trilhas leves, esportes não radicais, oficinas criativas (gastronomia ou arte) e visitas culturais;
- Com adolescentes: Garanta passeios mais longos, esportes radicais, excursões a parques temáticos, roteiros urbanos com cultura pop e entretenimento noturno adaptado;
- Todos juntos: Roteiros flexíveis, com opções para que criança, jovem e adulto encontrem algo de interesse, sem obrigá-los a fazer tudo em conjunto – e sem sobrecarregar os pais.
Além disso, ajustar as atividades ao orçamento médio de cada cliente é decisivo. As famílias desejam viajar sem medo de gastos inesperados, buscam ofertas competitivas, mas rejeitam roteiros básicos.
Precificação: como definir valores atrativos sem perder margem?
Definir preços que atraiam o cliente e tragam lucro exige equilíbrio. Muitas vezes vejo empresas errarem por se basearem apenas no preço dos concorrentes (o que, claro, não recomendo). O correto é entender a relação entre percepção de valor e custos.
- Calcule todos os custos variáveis e fixos (passagens, hospedagem, alimentação, passeios, taxas, comissão, seguro, reservas antecipadas);
- Inclua margem de segurança para oscilações de preço (combustível, câmbio, demandas extras);
- Defina preço final considerando o público-alvo e a expectativa de valor agregado;
- Ofereça promoções antecipadas para quem fecha com antecedência – quanto mais cedo o pacote é vendido, menor o risco de encalhe e maior a chance de negociar tarifas melhores com fornecedores.
A precificação deve contar toda a história, não só o valor de cada item, mas o que o cliente leva da viagem.
A pesquisa sobre economia em viagens na baixa temporada mostra que é possível montar pacotes mais acessíveis em meses fora de pico, aproveitando tarifas diferenciadas e promovendo reservas com antecedência para barganhar melhores custos em janeiro e julho.
Promoções e reservas antecipadas: como estimular a compra antes do pico?
Uma das estratégias que aplico e sugiro para quem deseja entender como estruturar pacotes de férias escolares e maximizar lucro em janeiro e julho é apostar em campanhas que aqueçam as vendas meses antes do início das férias. Entre os mecanismos usados, destaco:
- Descontos progressivos para reservas antecipadas;
- Parcelamentos sem juros para facilitar o comprometimento;
- Acesso a experiências exclusivas para quem fecha antes (brindes, upgrades, passeios extras);
- Campanhas “traga um amigo”, onde quem indica amigos recebe bônus ou descontos;
- Comunicação clara de que os preços tendem a subir com a aproximação das datas – criando senso de urgência.
Custos sob controle: a gestão que protege o lucro
É frequente encontrar relatos de agências que viram sua margem sumir devido à falta de controle de custos, principalmente em épocas de alta demanda. Evitar imprevistos exige disciplina em:
- Negociar contratos firmes com fornecedores, prevendo reajustes e condições especiais;
- Diluir custos fixos em diferentes tipos de pacotes, evitando concentração em um só produto;
- Monitorar constantemente a precificação, realizando ajustes sempre que identificar mudanças no cenário de tarifas ou procura;
- Elaborar planilhas simples e claras para prever receitas, custos fixos e variáveis, e simular diferentes cenários de vendas para janeiro e julho.
Algumas vezes um pequeno detalhe, como tickets de museus ou transfer de aeroporto, pode ser o diferencial entre lucro e prejuízo.
Diferenciais e experiências personalizadas: mais valor, mais vendas
Certa vez, ouvi de uma mãe: “eu escolho quem me faz sentir especial”. Isso ficou comigo. No setor de turismo, pequenas ações podem transformar a percepção de valor de um pacote de férias. Alguns exemplos que costumo sugerir:
- Montagem de kits de viagem temáticos para crianças (mochila, boné, pulseiras);
- Oficinas exclusivas para adolescentes (fotografia, esportes, vídeo);
- Visitas guiadas por moradores locais, com histórias personalizadas;
- Suporte digital via WhatsApp para tirar dúvidas durante toda a viagem;
- Grupos de interação entre as famílias do mesmo pacote, promovendo amizades e parcerias;
- Brindes, sorteios e fotos profissionais oferecidas sem custo.
Essas ações geram boas avaliações, maior engajamento e aumento do ticket médio. Muitas vezes, a diferença de preço se justifica por esses detalhes.
A experiência supera o destino: é o roteiro pensado nos detalhes que encanta.
Como o marketing digital potencializa os resultados?
A venda online é o grande motor das reservas contemporâneas. Famílias pesquisam no Google, acompanham posts de influenciadores e buscam agências ativas em redes sociais. Boas campanhas digitais atraem não só o público local, mas também pais e mães de outros estados que buscam segurança e praticidade.
Minha sugestão é investir em:
- Landing pages específicas para pacotes de férias escolares;
- Campanhas segmentadas em redes sociais, com públicos bem definidos (pais, mães, diferentes faixas etárias, regiões-geográficas);
- Investimento em vídeos curtos e depoimentos sinceros de famílias que já viajaram;
- Uso intenso de WhatsApp e chat online, respondendo rapidamente dúvidas e cotações;
- Conteúdo educativo, mostrando o que os pais ganham ao priorizar pacotes planejados para crianças.
Conteúdos gratuitos e autoridade digital
O GRUPO INOVVATUR frequentemente recomenda abordar conteúdos gratuitos – e isso faz toda a diferença. Em muitas situações, noto que quem informa, educa e tira dúvidas acaba sendo visto como referência e conquista o cliente antes mesmo do contato comercial.
Exemplos práticos:
- Postagens em blog explicando dicas para viagens com crianças;
- Webinars e lives respondendo dúvidas dos pais;
- Materiais gratuitos via WhatsApp dando sugestões de roteiro personalizado;
- Vídeos curtos com depoimentos autênticos.
Antes de ser desejo de compra, a inspiração nasce da confiança.
Métricas e ajustes rápidos: como medir (e melhorar) os resultados?
Mesmo após anos acompanhando o mercado, continuo vendo o quanto é poderoso medir cada resultado. Criar métricas simples, mas eficazes, permite que a agência ajuste rotas o tempo todo para garantir resultado financeiro e satisfação do cliente.
- Número de leads gerados por canal (site, WhatsApp, redes sociais, eventos);
- Taxa de conversão de cada pacote (quantos orçamentos se transformam em venda);
- Ticket médio por família (valor total dividido pelo número de famílias);
- Retorno de pós-venda (quantos clientes recomendam e retornam);
- Feedbacks qualitativos (avaliações em redes sociais, pesquisas de satisfação, comentários espontâneos);
Sempre oriento o uso de relatórios semanais e ajustes constantes. Às vezes, uma simples promoção ou a alteração do horário de um passeio já resulta em mais adesão, sem aumentar custos.
Conclusão
Montar pacotes de férias escolares com bons lucros em alta temporada é resultado de uma soma de pequenas escolhas, disciplina e aposta no relacionamento com as famílias. O caminho passa por estudar profundamente o comportamento dos clientes, desenhar atividades alinhadas a suas expectativas, negociar com fornecedores, ajustar preços, investir em comunicação clara e medir tudo o que entrega resultado.
Compartilhei aqui práticas, dicas e percepções que vivo diariamente e que fazem parte do DNA do GRUPO INOVVATUR. Se você ou sua agência buscam apoio para dar o próximo passo rumo a mais resultados e processos alinhados, entre em contato – o time do GRUPO INOVVATUR está pronto para ajudar a transformar seu negócio e tornar a próxima temporada de férias escolares mais próspera e organizada. Fale conosco pelo WhatsApp para receber orientações personalizadas!
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Perguntas frequentes sobre pacotes de férias escolares
Como montar pacotes de férias escolares rentáveis?
Para criar roteiros de férias escolares que trazem lucro, é preciso alinhar destinos populares com boa margem de negociação, agregar diferenciais (como atividades personalizadas e suporte integral), controlar custos e promover vendas antecipadas. Mantenha contato próximo com fornecedores para garantir tarifas competitivas e invista em canais digitais para alcançar mais famílias rapidamente.
Quais destinos são mais procurados em janeiro e julho?
Em janeiro, as praias do Nordeste, resorts all inclusive e parques aquáticos costumam ser os preferidos das famílias, pois combinam lazer, calor e conforto. No mês de julho, aumentam as buscas por destinos de inverno, cidades serranas, viagens internacionais e lugares com atrações indoor para dias frios.
Como definir o preço ideal dos pacotes?
Calcule todos os custos previstos, acrescente uma margem segura, compare com ofertas do mercado, mas sempre agregue valor através de diferenciais como experiências exclusivas, atendimento ágil e benefícios extras. Analise a disposição do público em pagar mais por conveniência e segurança, e adapte promoções de acordo com o calendário de procura.
Vale a pena incluir passeios exclusivos nos pacotes?
Sim, passeios exclusivos aumentam o valor dos pacotes, diferenciam a agência e criam memórias para a família, justificando preços mais altos conforme a experiência personalizada. Só cuide para negociar bem esses passeios, garantindo que a margem se mantenha vantajosa.
Quais estratégias ajudam a aumentar o lucro na alta temporada?
Aposte em vendas antecipadas, campanhas digitais segmentadas, parcerias com escolas ou clubes, diferenciais que geram valor percebido e controle rigoroso de custos. Ofertas claras, suporte rápido e pós-venda eficiente aumentam a taxa de recomendação e fidelização, potencializando os lucros em janeiro e julho.